Como diz a campanha da ONG Todos pela Educação, "um bom professor é um bom começo". Na base de tudo o que existe está presente a figura quase materna de um professor. É este profissional, por muitos ignorado, ridicularizado e criticado que dá as diretrizes básicas que formam todo o cidadão desde o operário até o engenheiro.
Um profissional que possui mais que uma profissão, um sacerdócio! Profissional cujo, fracasso é cruelmente criticado e quem é duramente responsabilizado pelas falhas de todo um sistema, e que no êxito, é visto como agente sem contribuição nenhuma.
Professor! Aquele que precisa ser um pouco de tudo: dever ser médico, psicólogo, conselheiro, ser pai, mãe, amigo... Deve compreender tudo e a todos. Deve estar disposto sempre a escutar e a buscar as respostas e soluções para os mais diferentes problemas (os quais muitos não compete a ele e nem à instituição que representa). O profissional que possui o mais utópico dos sonhos, "melhorar o mundo" lapidando o tesouro mais precioso da sociedade, as crianças e adolescentes - aqueles, nas quais mãos, repousa nosso futuro!
Esse profissional, que não tem o direito de um verdadeiro fim de semana, que é mais dos outros do que dos seus, que muitas vezes precisa confiar seus filhos nas mãos dos outros, enquanto trata de contribuir para a formação dos filhos daqueles que nem de fato o conhecem, precisa ser visto com mais respeito pela sociedade. E este respeito se dá por uma maior valorização do professor, por meio de uma remuneração digna (no mínimo compatível com a dedicação desse profissional), condições apropriadas de trabalho e respeito no exercício de sua função.
Enfim, é certo que o professor precisa dar o sangue em sua profissão, porém não somos Madre Tereza de Calcutá executando nossa vocação missionária cheia de sacrifícios. Somos profissionais como qualquer outro, cumprimos (na medida do possível) nossos deveres e exigimos o que nos é de direito. O PISO, direito pelo qual lutam hoje os professores, não é nada comparado aos R$ 16.000,00 (valor médio “legal”) que recebe hoje um deputado.
PS. Talvez seja devido a isso que há mais gente querendo ser deputado que professor.
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