quinta-feira, 9 de setembro de 2010

UM ANJO EM APUROS (título provisório aceito sugestões!!!)

Dante era seu nome...

Aparentemente era um adolescente normal como um outro qualquer. Dante curtia sua turma como adorava curtir com ela. As manhãs na escolas era um momento de descontração para onde ia com muito prazer (é mas isso não quer dizer, é claro que para lá ia para estudar). Ele e seus amigos formavam uma espécie de irmandade... Seu perfil no Orkut estava sempre atualizado, seu blog sempre cheio de altas fotos sempre representando momentos alegres com sua turma.

Como não podia deixar de ser, Dante vivia também as angústias típicas de sua idade. Entrara no ensino médio e ainda estava totalmente confuso quanto a carreira seguir. Dividido entre o bolso e o coração queria ser médico, para descobrir a cura da AIDS, e ao mesmo tempo em que queria ser ator e encantar a alma humana em um palco. Dante sentia-se só, pressionado, perdido, confuso, feliz, realizado, deprimido. Contestava tudo que parecia não fazer sentido algum:

- Por que estudar química, física, biologia se eu não vou um cientista? Por que saber para onde vou, se quando lá chegar eu saberei? Por que perde o folego fazendo educação física se o que eu mais quero é curtir com a galera em uma festa cheia de gatinhas e não ser um maratonista? Enfim, porque eu tenho que saber uma tal escansão de poemas, se a maneira que eu escrevo já é o suficiente para manter meu blog? Por que tenho que ir para escola ouvir um bando de chatos, se lendo eu aprendo muito mais? Por que meus pais não me entendem? Por que meu irmão é um chato, por que eu e todos somos chatos? Por que o universo é uma redonda, mas chata bola? Por que? Por que? Por que?...

É, Dante parecia ser nada mais, nada menos que um adolescente normal. Conhecera a magia de algo chamado mágico, maravilhoso, mas também vicioso, chamado beijo;  desde que beijara os primeiros lábios femininos nunca mais conseguira ficar sem. Uma semana sem conectar seus lábios aos de uma garota o deixavam terrivelmente de mau humor. Procurava a garota perfeita e enquanto não a encontrava divirta-se com as erradas, que pareciam gostar do divertimento.

Sonhava constantemente em tornar-se maior de idade. Só assim poderia ser livre, fazer o que gostasse e gostar do que faria. Ter sua própria casa, onde comeria o que quisesse. Assim, seria feliz! Seus amigos estariam sempre ao seu lado. Não precisaria dar satisfação para ninguém sobre nada! Afinal, Dante era um semideus guerreiro sem medo de nada e que tinha o mundo inteiro para desbravar.

Assim era Dante!

Como todo o adolescente, possuía seu idioma próprio, o qual ninguém entendia a não ser ele e sua turma com suas duplas de amigos e amigas. Um povo, que reunidos faziam uma grande festa de aniversário, com ou sem aniversariante, o que realmente importava era o fervo. Assim, Dante fazia parte de uma reunião inconstante de espinhas e inquietações. Afinal ele era um adolescente gostava de longa conversas compartilhando um refri com três canudos e um pacote de Ruffles. Assim, com a turma Dante se identificava, era com sua tribo, o seu mundo! Dava tudo por ela, pois sabia que ela também daria tudo por ele.
                     




  ( Continua...)

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