terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

CULPA DA NATUREZA, SERÁ? (Janeiro de 2011, mais uma vez! Até quando será?)

 Como o ser humano é covarde!
Como diz a psicologia, nós sempre estamos procurando um culpado a quem creditar nossos problemas. A culpa sempre é do treinador, do vizinho, do professor, do governo, enfim, do sistema. Nós somos sempre as vítimas e sofremos pela injustiça ou pela má fé do outro, de um alguém qualquer. Mas agora, culpar a natureza pelo desastre na região serrana do Rio de Janeiro já é um pouco de exagero.
Sou bastante solidário com as vítimas das enchentes, mas não concordo quando dizem que é “a fúria da mãe natureza”. Pelo amor de Deus, ignorância tem limite; isso é até uma blasfema! E a ocupação irregular em área de risco, é obra da mãe natureza também? É natureza que leva políticos fazerem politicagem com a miséria alheia e assentarem família e mais famílias em encostas de morros e nas margens de rios? E é por ordem da mãe natureza, que durante todo o ano encontra-se as ruas das grandes cidades ( e das pequenas também) cobertas de lixos!
Será mesmo que é a natureza se revoltando, ou é simplesmente o ser humano colhendo o que planta dia após dias?
Onde estão as autoridades nestes momentos? Onde estão as promessas de sempre? Onde estão os bilhões de reais, que todo ano são liberados para prevenir essas catástrofes? Sim, porque Temos visto todo ano os mesmos problemas, e as mesmas promessas se repetindo por todo o Brasil. Quando teremos as soluções? Quando teremos um verão sem as terríveis notícias de mortes e perdas por desabamentos e enchentes?
Definitivamente, precisamos parar de jogar a culpa na natureza. Precisamos ter peito, para encarar nossa responsabilidade e mudar nossa atitude. Não apenas na época das chuvas e das enchentes, mas durante todo o ano, cobrando de nossos representantes atitudes coerentes e efetivas para melhorar nossa sociedade, principalmente na questão de infraestrutura urbana. E também é necessária a nossa conscientização de que a enchente do próximo ano, não culpa da mãe natureza, mas sim do lixo, que hoje, jogamos nas ruas e nas encostas dos rios.

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